A terceira edição do Atlas da Acidentalidade no Transporte organizado pelo PVST (Programa Volvo de Segurança no Trânsito) e divulgado esta semana, revela números ainda muito altos e mostra que ainda há muito o que se fazer para diminuir os acidentes e as mortes nas estradas federais brasileiras.

O documento, feito a partir de números do banco de dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF), traz o mais completo diagnóstico dos acidentes de trânsito nas 165 rodovias federais do Brasil, apontando quais os piores trechos, as principais causas de acidentalidade, os dias da semana e os horários em que mais acontecem os acidentes por tipo de veículo, além de uma série de outras informações.

Disponíveis no Portal www.atlasacidentesnotransporte.com.br, os resultados mostram um ligeiro declínio na letalidade, que caiu de 18,8 mortes por dia em 2015 para 17,5 mortes/dia em 2016. “É uma redução ainda muito pequena, considerando os altos números e a gravidade dos acidentes. Ainda temos um longo caminho a percorrer para alcançar um trânsito mais seguro. As informações do Atlas podem nos ajudar a entender melhor o que é preciso fazer”, declara Solange Fusco, diretora de Comunicação Corporativa do Grupo Volvo América Latina.

Em 2016 as estradas federais registraram 6.398 mortes e 21.420 feridos graves em 96.358 acidentes, que envolveram 216.249 pessoas.  A falta de atenção provocou o maior número de mortes (1215), seguida por dirigir em velocidade incompatível com a via (914), ultrapassagens indevidas (510) e ingestão de álcool (439).

Ultrapassagem indevida

Mas quando avaliado o chamado Índice Médio de Gravidade, a causa mais letal foi a ultrapassagem indevida (6,9), seguida pela desobediência à sinalização (5,0). “Isso evidencia a imprudência ao volante. É uma informação que, infelizmente, revela que  comportamentos inadequados ainda são principais causas dos acidentes”, diz Anaelse Oliveira, responsável pelo Programa Volvo de Segurança no Trânsito e coordenadora do Atlas.

A maior parte dos acidentes ocorre em dois picos ao longo do dia, em picos às 7 da manhã e no final da tarde, às 18 horas. Mas o maior número de mortes ocorre no horário noturno, entre as 3 e 4 horas da manhã. Segunda-feira é o dia com maior número de acidentes (17%), seguido de domingo e terça-feira, com 16%. A maioria das mortes ocorre na terça-feira.

O maior número de mortes foi registrado nos Estados de Minas Gerais, com 830 letalidades em 14.371 acidentes; Paraná com 652 mortes e 11.032 acidentes; Bahia, com 610 mortes e 5.496 acidentes; e Santa Catarina, com 450 mortes e 10.604 acidentes.

O trecho com maior número de mortos em 2016 está entre os quilômetros 216 e 225 da BR 116, na saída de São Paulo, com 18 mortes. Logo na sequência ficou o trecho entre os kms 337 e 346 da BR 381, no interior de Minas Gerais, com 15 mortes. O maior número de acidentes (745) ocorreu entre os kms 202 e 211 da BR 101, na região metropolitana de Florianópolis (SC), seguido pelo trecho entre os kms 219 e 228 da BR 116, em São Paulo, com 583 acidentes.

Zero Acidentes

“O Grupo Volvo tem uma missão ousada nos países onde atua: Zero Acidentes com os caminhões e ônibus da marca. As preciosas informações do Atlas podem contribuir para auxiliar as empresas a definirem ações que ajudem a prevenir e a diminuir o número de acidentes e, principalmente, de mortos e feridos”, destaca a diretora de Comunicação Corporativa.

“O PVST é a mais longa jornada em prol de um trânsito mais humano no Brasil. As informações do Atlas são mais uma fonte que deve ser usada pelas empresas de transporte gerenciarem o risco das viagens de caminhões e ônibus e promover ações para diminuir a acidentalidade”, observa Carlos Ogliari, vice-presidente de RH e Assuntos Corporativos do Grupo Volvo América Latina.

O Atlas da Acidentalidade no Transporte Brasileiro é uma das ações do PVST. As informações são abertas ao público. Todos os dados e números podem ser acessados no portal www.atlasacidentesnotransporte.com.br. O estudo é realizado pela Tecnométrica, empresa brasileira de Engenharia da Informação baseada em Campinas (SP), com base no banco de dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Os dados das pesquisas são postados cumulativamente. Hoje, já existem informações de 2007 a 2016.

Números preocupantes

A enorme massa de dados contida no Atlas revela números preocupantes: de 2007 a 2016, as estradas federais brasileiras acumularam 1,56 milhão de acidentes, que resultaram na morte de 77.227 pessoas. Cerca de um terço do número total de acidentes (525.660) foi com caminhões e mais de 90 mil envolveram ônibus.

“O Atlas é muito importante porque congrega num único local uma gigantesca base de dados e estatísticas dos acidentes das rodovias federais. É uma fonte de pesquisas que certamente pode ajudar a entender o que está por trás da ocorrência de um número tão grande de acidentes e de mortes nas nossas rodovias”, finaliza Sebastião de Amorim, diretor técnico da Tecnométrica.

Dormir ao volante mata mais que ingestão

de álcool nos acidentes com caminhões

 

A falta de atenção foi a principal causa de mortes (521 fatalidades) em acidentes envolvendo caminhões nas estradas federais em 2016, seguido por velocidade incompatível (424 mortes) e por ultrapassagem indevida (252 mortes). Mas dormir ao volante (162 fatalidades) provocou mais mortes que dirigir sob o efeito de álcool (113 mortes). Estes dados estão na terceira edição do Atlas da Acidentalidade no Transporte organizado pelo PVST (Programa Volvo de Segurança no Trânsito), que está sendo divulgado esta semana no Brasil.

Realizada por meio da análise do banco de dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF), a pesquisa revela que 2.632 pessoas morreram e 4990 ficaram gravemente feridas em 27.071 acidentes envolvendo caminhões nas estradas federais no período. Os dados estão compilados no Atlas, que pode ser acessado por qualquer interessado no Portal www.atlasacidentesnotransporte.com.br. O documento é anual e é considerado o mais completo diagnóstico dos acidentes de trânsito nas 165 rodovias federais brasileiras.

O Atlas informa que 7,2 pessoas morreram por dia em acidentes com estes veículos em 2016, uma ligeira melhora em relação aos 7,7 mortos por dia registrado no levantamento no ano anterior. Do total de 96.358 acidentes nas estradas federais, mais de um quarto teve o envolvimento caminhões.

“Além do grave problema das mortes, acidentes com caminhões trazem prejuízos financeiros e prejudicam a imagem do setor e das empresas de transporte de cargas. É preciso priorizar e investir mais em segurança”, destaca Solange Fusco, diretora de Comunicação Corporativa do Grupo Volvo América Latina.

Ultrapassagens indevidas

Embora a falta de atenção seja a principal causa de mortes, o levantamento mostra que o Índice Médio de Gravidade em acidentes com caminhões é maior (7,2) nas ultrapassagens indevidas. Os pesquisadores apuraram que os acidentes com o transporte de carga ocorrem principalmente de dia, com picos às 7 da manhã e às 4 da tarde. As mortes acontecem na maioria das vezes à noite (com picos às 3 da manhã e às 23 horas, respectivamente).

Domingo é o dia com maior número de acidentes (17%), seguido de sábado e sexta-feira, respectivamente com 16% e 15%. Mas a maioria das mortes ocorre na terça-feira. Da mesma forma como revela o levantamento geral, com todos os tipos de veículos, os Estados com maior número de fatalidades são Minas Gerais (459), Bahia (267), Paraná (260) e Santa Catarina (171).

O trecho com maior número de acidentes (110) com caminhões está entre os quilômetros 204 a 213 da BR 101, em Santa Catarina, na região metropolitana de Florianópolis. Em seguida vem o trecho entre os kms 219 e 228 da BR 116, na Grande São Paulo, com 105 acidentes. A maioria das mortes (12) aconteceu entre os kms 615 e 624 da BR 381, nas proximidades da cidade de Oliveira, em Minas Gerais. O segundo trecho mais perigoso para caminhões em 2016 foi entre os kms 31 e 40 da BR 135, em cidade próxima a São Luiz, no Maranhão, com nove fatalidades.

Número de acidentes e mortes com ônibus é menor, mas situação também é grave

O número de acidentes (3.690) e de mortos (440) envolvendo ônibus nas rodovias federais brasileiras em 2016 foi bem menor que os registros com caminhões (27.071 acidentes e 2.632 mortes), mas a situação também é preocupante. Estes e outros milhares de dados sobre o assunto estão na terceira edição do Atlas da Acidentalidade no Transporte organizado pelo PVST (Programa Volvo de Segurança no Trânsito), divulgado esta semana no Brasil.

O levantamento revela uma média de 1,2 mortes por dia com veículo deste tipo, resultado levemente melhor que as 1,4 mortes diárias verificadas no ano anterior. O número de feridos graves também é alto (1082), assim como o total de pessoas envolvidas (15.408). Estas informações e milhares de outros resultados podem ser vistos no Portal www.atlasacidentesnotransporte.com.br, o mais completo diagnóstico dos acidentes de trânsito nas 165 rodovias federais brasileiras.

“Acidentes com ônibus tendem a ser muito graves, por sempre envolver um grande número de passageiros. As informações do Atlas são muito úteis para as empresas de transporte de passageiros trabalharem com prevenção e gerenciarem melhor os riscos das viagens, uma vez que o documento identifica os locais de maior ocorrência e a gravidade dos acidentes”, afirma Anaelse Oliveira, responsável pelo PVST (Programa Volvo de Segurança no Trânsito) e coordenadora da pesquisa.

Do total de 96.358 acidentes nas estradas federais com todos os tipos de veículos, 3.690 envolveram ônibus. “O transporte rodoviário de passageiros é bastante profissionalizado no Brasil, mas é preciso continuar trabalhando fortemente em ações para a redução dos acidentes”, observa Solange Fusco, diretora de Comunicação Corporativa do Grupo Volvo América Latina.

Falta de atenção

Assim como ocorrem em acidentes com caminhões, a falta de atenção é a principal causa, com 77 mortes em registros com ônibus mostrados na pesquisa. Na sequência, vem a velocidade incompatível (64 mortes), desobediência à sinalização (41 mortes), ultrapassagem indevida (35 mortes) e dormir ao volante (29 mortes).

Os trechos com maior número de mortes com acidentes envolvendo ônibus em 2016 estão entre os quilômetros 581 a 590 da BR 163, no Pará, e entre os kms 403 e 412 da BR 369, no Paraná, ambos ocorridos no interior e com nove mortes cada. No entanto, o trecho com maior letalidade com ônibus é o da BR101, na região metropolitana do Rio de Janeiro, que registrou 29 mortes nos últimos 10 anos. Os trechos com maior número de acidentes são: entre os kms 0 e 9 da BR 316, nas imediações de Belém, no Pará, (69 acidentes) e entre os kms 42 e 51 da BR 101, na região de Recife, em Pernambuco (42 registros).

A maior parte dos acidentes com ônibus ocorre no período diurno, com picos às 18 e às 7 horas, respectivamente. Mas as mortes acontecem principalmente à noite, com picos à 1, e às 3 e 4 horas da manhã. Domingo (17%), seguido de sábado e quarta-feira, com 15%, são os dias onde a maioria dos acidentes ocorre. Já as mortes estão concentradas na terça-feira e na segunda-feira.

Os Estados com maior número de mortos em acidentes com ônibus são Minas Gerais (68), Rio de Janeiro (49), Paraná (47) e Bahia (46).

Cenário nacional de acidentes é preocupante, mas algumas rodovias apresentam melhorias

O Atlas da Acidentalidade no Transporte Brasileiro mostra que é grave o cenário de acidentes e mortes nas rodovias federais brasileiras, mas o levantamento revela também que algumas estradas reduziram bastante as fatalidades nos últimos dez anos. Feito a partir de números do banco de dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF), a pesquisa mostra situações exemplares de melhorias.

É o caso, por exemplo, de um trecho da rodovia Fernão Dias, na BR 116, que liga São Paulo a Belo Horizonte, entre os quilômetros 415 e 424, a cerca de 40 quilômetros da capital mineira. Montanhoso e difícil, o trecho de serra tem um histórico de fatalidades: Somente de 2007 a 2010 morreram 59 pessoas naquela parte da estrada. Apenas no ano de 2007 foram 19 mortes.

Em 2011, o número de mortos despencou para três e seguiu com números mais baixos, com apenas uma elevação: seis mortes em 2012, 11 em 2013, cinco em 2014, três em 2015 e apenas uma em 2016. “É uma redução muito significativa, principalmente por se tratar de uma estrada com histórico letal”, comemora Sebastião de Amorim, diretor técnico da Tecnométrica, empresa de engenharia da informação responsável pela pesquisa.

Infraestrutura e legislação

“A redução de mortes em perímetros urbanos de rodovias federais decorre de uma série de fatores, como melhorias na infraestrutura, obras de duplicação de pistas, instalação de passarelas para travessia de pedestres e fechamento de retornos ou de cruzamentos perigosos”, explica o policial rodoviário federal Fernando Oliveira, chefe do Núcleo de Comunicação da PRF no Paraná.

Para ele, também foi importante o crescente rigor da legislação de trânsito para infrações como embriaguez ao volante e ultrapassagens proibidas, além da intensificação das ações policiais de fiscalização, com ênfase nas condutas de maior risco, como o controle de velocidade através de radares.

“É importante identificar quais são os trechos nos quais há maior necessidade de foco e ações para diminuir o número de acidentes e mortos, mas também é preciso evidenciar os fatos positivos observados em alguns pontos das rodovias, para que as autoridades continuem com ações que tragam ainda mais melhorias”, complementa Anaelse Oliveira, responsável pelo Programa Volvo de Segurança no Trânsito e coordenadora do Atlas.

Outro grande avanço foi registrado na BR 116, no trecho entre Curitiba e Fazenda Rio Grande, cidade da região metropolitana da capital paranaense. Ponto de tráfego pesado e intenso, este local acumulava uma triste estatística de duas mortes por mês em 2007, quando morreram 24 pessoas. Este trecho experimentou uma lenta, mas importante melhora na última década, com o número de mortos caindo, principalmente a partir de 2013, com cinco fatalidades, seguindo em 2014 com sete mortes, duas em 2015 e cinco em 2016.

Vitória-ES

O trecho compreendido entre os quilômetros 2 e 11 da BR 262 na região metropolitana de Vitória, no Espírito Santo, tem também um registro negativo, mas vem melhorando ao longo dos anos. Perigosa, esta estrada apresentou um índice muito alto de fatalidades no período de 2007 a 2011, quando 69 pessoas perderam a vida em acidentes naquela região. A partir daí o número de mortes foi caindo drasticamente: seis em 2012, cinco em 2013, três em 2014 e nenhuma morte em 2015 e 2016.

“Ainda é um progresso que avança lentamente em termos de resultados, mas é fundamental buscarmos melhorar estes números, seja como usuários, com comportamentos adequados, ou como autoridades, com melhorias na infraestrutura e fiscalização”, finaliza Solange Fusco, diretora de Comunicação Corporativa do Grupo Volvo América Latina, empresa que tem globalmente a meta de zerar os acidentes com os veículos da marca.

Informações

Todas as informações do Atlas da Acidentalidade no Transporte Brasileiro podem ser acessadas no portal www.atlasacidentesnotransporte.com.br.


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