Volvo promove encontro com especialistas em inovação para debater as tendências que já determinam as tecnologias do presente e do futuro em caminhões e equipamentos de construção.

“Os efeitos climáticos, o crescimento da população mundial e a demanda por mais segurança são fatores determinantes para todo o desenvolvimento tecnológico da indústria automotiva, especialmente em veículos comerciais”. É o que afirma Lars Terling, vice-presidente global da Volvo Trucks, um dos painelistas do Seminário “Tendências Futuras e Inovação”, promovido em Itajaí (SC), durante a parada no Brasil da Volvo Ocean Race, regata de volta ao mundo patrocinada pela marca. Além do executivo sueco, participam do debate também Alan Holzmann, diretor de planejamento estratégico de caminhões da Volvo Trucks na América Latina e Massami Murakami, diretor de engenharia e suporte a vendas da Volvo CE Latin América.

Autônomos

Veículos autônomos vêm sendo desenvolvidos em todos os segmentos da indústria automotiva, como protótipos ou até em pequena escala comercial, no caso de automóveis. Lars Terling entende que no segmento de caminhões o cenário é outro. “Acreditamos que veículos autônomos serão gradativamente introduzidos em aplicações muito específicas, em áreas confinadas, sem trânsito regular. São operações de transporte muito repetitivas, em que a produtividade dos motoristas é constantemente desafiada por uma rotina extenuante. Nesses casos, caminhões autônomos ajudam muito a manter a condução uniforme por muito mais tempo, com menos cansaço, aumentando inclusive a segurança”, assegura o especialista.

A Volvo já colocou veículos atuando em operações reais desse tipo, como numa mineração subterrânea em Boliden (Suécia) e na colheita de cana-de-açúcar em Maringá (Brasil). “Importante destacar que os autônomos que já temos não abrem mão do importante papel do motorista. Ao contrário: eles continuam sempre atrás do volante e têm sua atuação facilitada pela tecnologia, que garante mais precisão e produtividade”, pontua o executivo.

Conectividade com resultado

Em relação à conectividade, também já há inúmeros sistemas que permitem fazer a gestão remota de frotas. Desde o rastreamento via satélite para segurança da carga dos caminhões, até sofisticados sistemas capazes de interagir remotamente com os veículos, atuando sobre sua aceleração, são muitos os exemplos. No momento, é crescente a demanda pela gestão remota, com sistemas que trazem, em tempo real, dados sobre geolocalização e deslocamento de cada veículo de uma frota. Com isso os transportadores conseguem ter dados confiáveis para compartilhar com os embarcadores, assegurando grande produtividade logística.

Há também sistemas que vão além e, por meio de telemática avançada, permitem monitorar o desempenho de cada motorista e traçar indicadores para melhoria. É o caso do Volvo Dynafleet, que permite aos transportadores fazer análises comparativas e mapear oportunidades de melhoria para cada condutor de forma individualizada. Associado a um treinamento personalizado para contornar as deficiências de cada motorista, há casos de empresas que tiveram reduções significativas em seus custos operacionais, graças à economia de combustível, prolongamento da vida útil de componentes dos veículos e até mesmo redução de acidentes.

O Grupo Volvo é um dos fabricantes mais atuantes no segmento da conectividade, com mais de 600 mil veículos comerciais conectados em todo o mundo, entre caminhões, ônibus e equipamentos de construção.

Eletromobilidade é realidade

A Volvo acaba de apresentar na Europa seu novo caminhão elétrico para entregas urbanas. Projetado especialmente com foco em operações noturnas, o novo FL Electric é extremamente silencioso e eficiente, podendo rodar até 300 km com uma única recarga. As vendas no continente Europeu estão previstas para o próximo ano.

Outro bom exemplo da Volvo é a sólida presença em ônibus híbridos e elétricos. Desde 2010, a marca já entregou mais de 4.000 veículos deste tipo para diversas cidades de países como Inglaterra, Suécia, Noruega, Brasil, Colômbia e outros.

É consenso entre os fabricantes de veículos comerciais que os motores Diesel continuarão em franco desenvolvimento, cada vez menos poluentes e mais econômicos. Eles permanecerão por muitos anos representando uma parcela importante do trem-de-força dos caminhões, ônibus e equipamentos de construção. Mas é certo também que a eletrificação destes mesmos veículos continuará em rápida ascensão.

Tecnologias já estão presentes

O fato é que automação, conectividade e eletromobilidade já não podem mais ser consideradas tendências, uma vez que toda a indústria automotiva já deu muitos passos neste rumo. O que ainda diferencia as marcas é o nível de aprofundamento e desenvolvimento. “Na Volvo estamos empenhados em liderar o desenvolvimento nessas áreas”, finaliza Lars Terling.