O Volvo VM está completando 14 anos. Lançado, no inverno de 2003, inaugurou um novo período na operação brasileira do Grupo Volvo, até então uma montadora que produzia apenas caminhões pesados. Montado na fábrica da Volvo em Curitiba, o modelo é vendido exclusivamente no Brasil e nos outros países da América Latina, e sempre se mostrou um sucesso.
Somente no Brasil, a linha VM alcança 30% das vendas da marca. “O VM mudou e continua mudando a história da Volvo no continente”, afirma Bernardo Fedalto, diretor de caminhões da marca no Brasil. “É significativo que o primeiro caminhão autônomo lançado no País seja um VM. Ele vem ganhando mais tecnologia a cada nova geração, sempre na busca de aumentar a produtividade na operação de transporte”, observa o diretor.
Quando foi lançado, o VM inaugurou, no segmento para o qual é dirigido, o conceito de veículos com cabine mais confortável e motores com potências maiores, além de atributos de segurança e diferentes opcionais, até então inexistentes em seu segmento. “O VM foi uma mudança importante no mercado brasileiro de caminhões. Baixo consumo de combustível, grande disponibilidade e conforto foram os fatores que conquistaram os transportadores”, diz Fedalto.
Em sua primeira geração, o VM era o único da categoria a ter cabine leito, coluna de direção ajustável, sistema de basculamento hidráulico da cabine, além de opcionais como imobilizador, climatizador e uma caixa de câmbio de 9 marchas. “Possuía também como componentes padrão, coluna de direção ajustável e suspensões com molas parabólicas”, lembra Álvaro Menoncin, gerente de engenharia de vendas da Volvo.
“Em 2005, a Volvo voltou a inovar e apresentou ao mercado brasileiro e latino-americano a segunda geração da linha VM”, ressalta Nilton Roeder, diretor de estratégia, desenvolvimento de negócios e suporte a vendas de caminhões do Grupo Volvo América Latina. Os modelos daquele ano chegaram com avançados motores eletrônicos e piloto automático, além de duas grandes novidades: o cavalo mecânico VM, na configuração de eixos 4×2, com motorização eletrônica de 310cv, e os VM rígidos rodoviários de 210cv e de 260cv, além dos rígidos 6×4 de 260cv e 310cv, todos com motores Euro 3.
Com o “family look” dos veículos da marca, a segunda geração também foi uma evolução: tinha um motor de 6 cilindros e um eixo para 43 toneladas com bloqueio de diferencial. O trem de força possuía ainda uma caixa de câmbio Volvo, a mesma do FH, já consagrada internacionalmente.
Terceira geração
Em 2012, o mercado recebia a terceira geração do VM, já com motores Euro 5, com as opções de veículos rígidos de 220cv, 270cv e 330cv, e o cavalo mecânico também com 330cv. Na ocasião, a Volvo apresentou ainda os VM vocacionais rígidos com motores de 270cv e de 330cv e a tecnologia SCR para atendimento da legislação de emissões Euro 5/Proconve P7, além de novas opções de caixa de câmbio e eixos traseiros.
Pouco tempo depois, a linha VM foi completamente renovada. Os modelos 4×2, 6×2 e 6×4, 8×2 e 8×4 chegaram com grandes mudanças externas e visual muito próximo ao dos caminhões FH. A parte frontal da cabine foi totalmente redesenhada, com faróis e luzes diurnas (day running light) de LED em forma de “V”.
Todo o módulo do para-choque que envolve os faróis foi renovado com uma estrutura em termoplástico, uma grade e uma tampa para engates de reboque. O caminhão também ganhou um avançado painel frontal superior, que tomou boa parte da frente do veículo, dando ao conjunto uma impressão de continuidade. Internamente, a Volvo manteve a excelente ergonomia do VM, reconhecido como o melhor ambiente de trabalho dos veículos de carga nesta categoria.
I-shift no VM
O VM inovou mais uma vez com a caixa I-Shift. A Volvo lançou a linha VM com a caixa de câmbio eletrônica I-Shift, a transmissão da marca reconhecida internacionalmente por proporcionar uma série de benefícios: menor consumo de combustível, mais conforto e segurança e menor custo operacional para o transportador. A caixa de câmbio do VM é a mesma que equipa o FH, o caminhão extrapesado da Volvo.
“A I-Shift do VM é aplicável para praticamente todas as operações, seja em veículos de distribuição urbana, rodoviários ou fora de estrada”, declara Menoncin. Com uma carcaça em alumínio que proporciona baixo peso e alta robustez, a caixa tem um gerenciamento de trocas de marchas controlado por um software específico para a linha VM.
A transmissão I-Shift está disponível para os seguintes modelos: VM 330cv 4×2 cavalo mecânico; VM 270cv 4×2, 6×2 e 8×2 rígidos; VM 330cv 4×2, 6×2 e 8×2 rígidos; VM 270cv 6×4 e 8×4 rígidos; e VM 330cv 6×4 e 8×4 rígidos.