As seis equipes que participam da Volvo Ocean Race, maior regata de volta ao mundo, já estão a caminho do Brasil. Os barcos saíram de Auckland, na Nova Zelândia, nesta terça-feira, 17, em direção à cidade de Itajaí, em Santa Catarina.

A previsão de chegada é até 07 de abril, mas pode mudar de acordo com o vento e da destreza dos velejadores. A saída de Auckland foi adiada em virtude do ciclone Pam.

“Estamos preparados para a chegada da regata. Esta é a maior plataforma de comunicação da marca Volvo e sempre é um momento de expectativa e emoção. Na edição passada, a parada em Itajaí já foi um sucesso em público e referência em ações de sustentabilidade”, afirma Solange Fusco, diretora de Comunicação Corporativa do Grupo Volvo América Latina.  Na regata passada, Itajaí recebeu mais de 250 mil visitantes.

As primeiras horas rumo ao Brasil foram bastante agitadas. Os barcos pegaram, logo de cara, ventos de até 30 nós e ondas variando de 5 a 8 metros. As batidas dos cascos contra as ondas atrapalharam a vida dos atletas a bordo: poucos conseguiram dormir e comer. As imagens enviadas pelas equipes mostram a realidade enfrentada na Oceania, que ainda tem resquícios do ciclone Pam, um dos mais devastadores da história.

Considerada a Fórmula 1 da Vela, a Volvo Ocean Race, é uma prova marcada por desafios. São nove meses de competição, 38.739 milhas náuticas navegadas (71.745 km), passando pelos cinco continentes e por 11 países. Semanas sem ver terra firme, ondas gigantes, temperaturas extremas e trabalho intenso.

“É uma prova que leva os participantes ao limite físico e emocional. É preciso ter muito equilíbrio emocional, estratégia, força física, espírito de equipe e capacidade de tomar decisões rápidas para vencer os desafios enfrentados no dia a dia da competição”, destaca Solange Fusco.

Com 41 anos de história, a Volvo Ocean Race reúne a elite mundial da vela. Ao longo de quatro décadas, os veleiros se tornaram mais rápidos, e a tecnologia embarcada, principalmente, a comunicação dos veleiros com terra firme, transmitindo toda a emoção de velejar sob condições extremas, evoluiu de forma surpreendente. Hoje é possível acompanhar a prova praticamente de maneira simultânea.

Nesta edição, todos os barcos são idênticos e são equipados com o que há de mais avançado em tecnologia náutica.  O que faz a diferença são as estratégias de navegação e perícia dos velejadores.

As embarcações contam com um motor Volvo Penta D2-75 lacrado, e só deve ser usado em casos de extrema necessidade. Seu uso pode desclassificar a equipe ou anular a pontuação da perna em questão. O que move os barcos é a força do vento. E assim como nas competições olímpicas, não há qualquer premiação financeira ao vencedor da prova. O troféu Volvo Ocean Race simboliza o prêmio máximo da competição.

Em cada etapa, chamada perna, os barcos pontuam de forma decrescente, o primeiro a chegar ganha 1 ponto, o segundo 2 e assim até o sexto barco. Ganha a prova quem tiver menos pontos ao longo da competição. No total são nove pernas mais as regatas internas, as In-Port Race, que acontecem próximas à costa em cada porto de parada.

A Volvo Ocean Race iniciou em 04 de outubro de 2014 com a chamada In-port race, em Alicante, na Espanha. Os barcos partiram no dia 11 de outubro para a África do Sul. As paradas serão na Cidade do Cabo (África do Sul), Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos), Sanya (China), Auckland (Nova Zelândia), Itajaí (Brasil), Newport (Rhode Island, Estados Unidos), Lisboa (Portugal) e Lorient (França). Está programado também um pit-stop de 24 horas em Haia, entre a França e a Suécia. O encerramento será no dia 27 de junho de 2015, em Gotemburgo, cidade sueca que abriga a sede mundial da Volvo.

As equipes participantes da regata são Abu Dhabi (Estados Unidos), Alvimedica (EUA/Turquia), Brunel (Holanda), Dongfeng Race (China) e Mapfre (Espanha).


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