O Volvo FH é sinônimo de tecnologia em todo mundo. Todas as novidades que mudaram o cenário dos transportes de carga chegaram primeiro ao modelo líder de vendas da Volvo. Dos primórdios da eletrônica embarcada no início dos anos 1990 à conectividade avançada atual, o FH sempre foi um precursor de tendências. Confira a linha do tempo dos avanços que modelo trouxe ao Brasil.

1993 – Eletrônica embarcada

Logo que chegou ao país, ainda importado da matriz da Volvo na Suécia, o modelo destoava de tudo que havia nas estradas. O motor eletrônico era considerado um grande enigma pelos mecânicos, que não entendiam como um computador poderia substituir uma bomba injetora mecânica. A grande eficiência do sistema, com ganhos em consumo de combustível e manutenção reduzida, mostrou que a eletrônica era um caminho sem volta.

Outro destaque desta versão era a modernidade da cabine. Desenhada a partir de estudos ergonômicos, trazia conforto incomparável para a época. Foi um fator decisivo em países como o Brasil, cujas rotas longas até hoje implicam em longas jornadas para os motoristas.

Ainda na cabine, o conceito de “célula de sobrevivência” visava diminuir riscos aos ocupantes em caso de acidentes. Aprovadas em crash-tests nos modernos laboratórios da matriz da Volvo na Suécia, as cabines FH se tornaram referência no mercado. Outro destaque de segurança eram os freios ABS, pela primeira vez oferecidos em caminhões no Brasil.

1998 – Fabricado no Brasil

Com a grande aceitação do modelo, a Volvo tomou a decisão que mudaria os rumos da marca no país: passou a fazer o FH no Brasil. Com alto índice de nacionalização, era possível aos transportadores o acesso a linhas de crédito que viabilizaram participação crescente do modelo no mercado. Para isso, a marca fez grandes investimentos em sua fábrica em Curitiba (PR), com destaque para uma nova área para a produção das modernas cabines do veículo.

O FH “Made in Brazil” trouxe novidades no interior da cabine, que ficava ainda mais confortável. O modelo passou a contar com o inovador “Front Underun Protection System” (FUPS), um dispositivo que salva vidas ao evitar que veículos pequenos entrem embaixo do caminhão em colisões frontais. Outra inovação foi a introdução do Air Bag como item opcional. Durante muitos anos o FH foi o único caminhão nacional com esse dispositivo fundamental para salvar vidas.

1999 – Uma nova geração

Apenas um ano depois de começar a ser feito no Brasil, o FH deu um dos mais importantes saltos em sua história. Neste ano foram introduzidas diversas melhorias na cabine e na eletrônica embarcada. Com o novo motor D12C, com potências de 380 cv e 420 cv, a interação tecnológica ficava mais fácil. O painel trazia um, à época, avançado computador de bordo que exibia diversas informações sobre o propulsor e seu desempenho. Cálculos como médias de consumo, instantâneo e por viagem, eram facilmente acessados. Mais do que isso: um dispositivo chamado Trip Manager permitia a conexão, por meio de um cabo, do computador de bordo aos computadores das transportadoras. Essa conectividade, até então inédita, permitia baixar os dados para análises e treinamento de motoristas, a partir do histórico de condução que ficava registrado no veículo.

2003 – I-Shift, uma nova revolução

A geração seguinte do FH ficou marcada por várias mudanças na cabine. Um novo conjunto ótico, mais longilíneo e eficiente, deu origem ao apelido de “chinesinho”. O interior foi totalmente remodelado, com um novo painel de instrumentos, novos bancos e novas camas. Mais uma vez, a ergonomia entrava em ação para deixar o modelo ainda mais confortável e seguro para os motoristas.

Na parte mecânica, uma evolução do motor, que passou a ser o D12D, trouxe ainda mais eficiência e economia. A potência agora chegava aos 460 cv, um recorde para a época. Mas a maior evolução mecânica era a nova transmissão eletrônica I-Shift, que dispensava o pedal de embreagem e realizava as trocas de marcha sozinha, sem interferência do motorista. A nova caixa logo mostrou que era incomparável em economia de combustível e conforto ao motorista, embora ainda tivesse limitação de carga (45t) nessa primeira geração.

2006 – Total Performance

Na próxima evolução, o FH passou a ser o mais importante modelo Volvo no país, uma vez que o NH, seu irmão “narigudo”, deixara de ser produzido. O modelo “cara chata” ganhava então um novo motor D13A, com potência que chegava a 520 cv. Na época, as composições bitrem de 57t já ganhavam grande espaço no mercado e motores mais fortes eram fundamentais para manter boa velocidade média. Destaque também para o freio motor Volvo Engine Brake (VEB), que com 500 cv ajudava a controlar a velocidade em declives com total segurança, sem adicionar peso ao veículo como em modelos de outras marcas.

Com mais carga transportada, uma nova geração da transmissão I-Shift, para 60t, permitiu ganhos incríveis de produtividade, economia e conforto.

2010 – Segurança incomparável

Desde que chegou ao mercado, a segurança sempre foi destaque no Volvo FH. E a geração introduzida em 2010 excedeu todos os limites ao apresentar tecnologias que até hoje não são encontradas em boa parte dos outros veículos de carga. Era a primeira vez que um caminhão oferecia sistema de Controle Eletrônico de Estabilidade (ESP), que ajuda a evitar a perda de controle em curvas acentuadas e pisos escorregadios. O Monitoramento de Faixa de Rodagem (LKS) é um sistema que emite sinal sonoro ao motorista quando o caminhão cruza a faixa sem sinalizar. O Piloto Automático Inteligente (ACC2) é um sistema com radar que monitora os veículos à frente, adaptando a velocidade do caminhão e freando em caso de necessidade. Outra inovação foram os Freios Eletrônicos (EBS), que permitem o controle equilibrado do veículo, regulando a pressão de frenagem nos diferentes eixos e rodas. O Sensor de ponto cego (LCS) alerta sobre veículos que possam não estar visíveis no espelho direito do caminhão. Com o Bafômetro Inibidor de Partida (Alcolock) o motorista só consegue ligar o caminhão após assoprar e comprovar que não ingeriu bebida alcoólica. Completava o pacote de inovações de segurança a Luz de conversão, um sistema que ilumina o lado para o qual o caminhão vai manobrar.

2012 – Geração Euro 5

Atendendo à nova legislação de emissões, em 2012 o FH ganhou novos motores D13C, “padrão Euro 5”. Os veículos passaram a ser equipados com sistema SCR, que realiza tratamento de gases no sistema de escapamento a partir de um catalisador especial e do uso de um aditivo redutor chamado Arla 32. A mudança trouxe novas opções de potência, chegando a 540 cv. Mais potente e com menores emissões, a “geração Euro 5” ficou ainda mais econômica do que a anterior. Contribuiu para isso também a popularização da transmissão I-Shift, que nesse ano se fazia presente em 85% das entregas do Volvo FH.

2013 – FH16 750: chega ao Brasil o caminhão mais potente do mundo

Atendendo a uma demanda do mercado para veículos especiais para o transporte de cargas indivisíveis, de grande peso e volume, a Volvo decidiu importar para o Brasil o FH16. Com motor de 750 cv, o caminhão mais potente do mundo tem configuração que lhe permite tracionar cargas de até 250 toneladas. Várias unidades rodam hoje pelo pais ajudando principalmente no transporte para grandes obras. Uma das operações mais impressionantes realizadas pelo modelo foi o carregamento de rotores da hidrelétrica de Belo Monte, puxadas por três FHs 750 atrelados a uma composição de 36 linhas de eixo.

2014 – Conectividade Total

Em 2014 a Volvo renovou totalmente a linha FH, com a maior atualização de cabines do modelo desde o lançamento do modelo. Com muito mais espaço (1m³ maior) e o interior totalmente reformulado, o FH ficou ainda mais centrado no motorista, com muito mais conforto e segurança. A ergonomia avançada foi aprimorada, tornando o caminhão ainda melhor para viagens de longa distância. Externamente o modelo manteve a identidade, mas ganhou traços mais modernos e aerodinâmicos, com linhas mais fluídas e imponentes.

Mas a grande evolução da geração de 2014 foi a alta conectividade embarcada. Numa evolução natural da eletrônica que sempre foi característica do modelo, o FH passou a trazer de série dispositivos que permitem monitorar e interagir com o veículo em tempo real. O Dynafleet, sistema Volvo de gestão de frotas foi incorporado a todos os veículos, que já saem de fábrica preparados para a ativação do serviço, no momento em que o transportador desejar. Outra inovação foi o I-See, um sistema que utiliza a conectividade para fazer a geolocalização do veículo e programar trocas de marcha de acordo com a estrada e a topografia, quando o piloto automático está acionado.

2016 – IShift de 6ª geração

Desde a introdução em 2003, a transmissão eletrônica IShift trouxe uma verdadeira revolução no transporte comercial no Brasil. Através da eletrônica avançada, a caixa concilia mudanças de marcha de forma automática, sem interferência do motorista, com a robustez de uma transmissão manual tradicional. Na prática, além de conforto e segurança, a IShift trouxe grande economia de combustível, por selecionar sempre a marcha certa no momento correto, de acordo com a carga tracionada. Houve também um salto em disponibilidade, com um aumento na vida útil da embreagem e de todo o conjunto de transmissão dos veículos. Em 2016, o FH trouxe um aprimoramento no software e componentes internos da IShift, com ganhos notáveis na velocidade média dos veículos e redução de consumo, além de oferecer mais duas opções com marchas super-reduzidas para aplicações e condições severas de operação.

2018 – Os 25 anos de um ícone

No ano em que atinge a marca de 1 milhão de unidades entregues do FH em todo o mundo (mais de 130mil na América Latina), a Volvo celebra os 25 anos do modelo com uma série especial global. No Brasil, a edição comemorativa tem um visual marcante, na cor Vermelho Perolizado, numa referência às primeiras unidades do modelo que chegaram ao pais no fim de 1993. Defletores laterais, de teto e saias laterais ajudam na aerodinâmica e economia de combustível, com resultado marcante também para o visual externo dos veículos. Ainda na parte externa, destaques decorativos em prata, cinza e laranja caracterizam a série especial, identificada também por faixas que formam o número “25”.

Ao abrir a porta, o interior luxuoso se destaca. Detalhes na cor laranja estão presentes nos cintos de segurança, cortinas, tapetes e decalques refletivos nas portas. Os bancos combinam tecido e couro, conciliando design e conforto. Completam o pacote interno o volante com acabamento em couro, multimídia com tela touch 7”, câmera de ré, escotilha superior com acionamento elétrico e geladeira.

Na parte mecânica, a série 25 anos está disponível nas versões 6×2, com motor de 460 cv / 2300 Nm e 6×4, com motor 540 cv / 2600 Nm.